Rede social admite que bloqueou usuários de acessarem página que convida usuários a postar caricaturas do profeta Maomé
O Facebook declarou hoje (01/6), que bloqueou o acesso de usuários do Paquistão ao site “Everybody Draw Mohammed Day”, página que convida usuários a postar caricaturas do profeta Maomé. A decisão foi tomada por respeito aos padrões e costumes locais.
Há uma semana a rede social adotou a mesma postura na Índia, depois de ter sido abordada por autoridades indianas com a alegação de que o conteúdo da página provoca a ira de seguidores do islamismo em todo o mundo.
Tudo indica que o Facebook deve seguir o mesmo procedimento em Bangladesh, onde o site está fora do ar desde domingo.
A porta-voz da rede social, Debbie Frost esclarece em um email que “Não removemos o conteúdo do site, apesar de algumas páginas terem sido apagadas pelos criadores; o que fizemos foi restringir o acesso ao conteúdo para manter o respeito aos costumes locais”.
A página incentiva usuários a postar desenhos de Maomé. De acordo com algumas tradições islâmicas é proibido reproduzir o profeta com desenhos, estátuas e figuras.
Na segunda-feira (31/5) a suprema corte em Lahore, no Paquistão derrubou o bloqueio imposto ao site em 19 de maio.
O secretário de TI e de Telcomunicações do Paquistão, Naguibullah Malik, afirmou em entrevista telefônica, que o Facebook concordou em negar o acesso à página.
Segundo Malik, o governo paquistanês irá continuar com o bloqueio a conteúdo que considerar ofensivo ou pejorativo na web. Na semana passada o país suspendeu o bloqueio total ao YouTube, mas adverte que o conteúdo continua sujeito a censura.
Frost diz que após rever a situação e acatar informações do governo paquistanês que corroboram a lei do país, o Facebook decidiu prevenir o acesso ao site “ Everybody Draw Mohammed Day!” a usuários no Paquistão, em sinal de respeito aos costumes e tradições locais.
De acordo com o Facebook, há casos em que o conteúdo gerado por usuários é legal em um país, ao passo em que desrespeita a legislação de outros. A maioria das empresas que divulgam conteúdo gerado por usuários adota a política de barrar o acesso a esses sites onde ele pode ser considerado ilegal.
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